Até as 2h da madrugada desta quinta-feira, dia 17, o prefeito Vitor Lippi esteve à frente dos trabalhos para socorrer pessoas e imóveis atingidos pela forte chuva que caiu na cidade no final da tarde de quarta-feira (16) e alcançou a marca de 150 milímetros, em cerca de quatro horas. O volume de precipitação foi aferido pela Defesa Civil no pluviômetro do Paço Municipal, a zero hora, e corresponde ao que choveu principalmente na região do Alto da Boa Vista e adjacências, entre 18h e 22h30.
O local mais atingido foi o Abaeté. Apesar de as três bombas operarem perfeitamente, em sua vazão máxima desde as 18h, o que equivale a 1,5 mil litros por segundo, não foi suficiente para impedir que o volume elevado desta precipitação atingisse imóveis. Segundo Roberto Montgomery Soares, secretário da Segurança Comunitária (Sesco), quatro ruas encheram, o que corresponde a cerca de trezentos imóveis.
Conforme o secretário, algumas famílias deixaram o local e seguiram voluntariamente para a casa de parentes e amigos, porém, a maior parte dos moradores se manteve no local. Embora a água tenha chegado, em alguns locais, a 1,10 metro, na maior parte da região, a elevação variou entre 20 cm e 40 cm.
Acompanhado do titular da Sesco, da equipe da Defesa Civil, do diretor do Saae, Geraldo Caiuby e dos secretários de Obras e Infra-estrutura Urbana, Wilson Unterkircher, da Cidadania, Mazé Lima e da Comunicação, Valter Calis, um dos principais objetivos do prefeito Vitor Lippi ao percorrer a região era o de realizar registros para novas intervenções. “Nós estamos fotografando tudo o que aconteceu e, baseados nessas informações, poderemos propor novas intervenções para evitar que situações como essas se repitam“, explicou o prefeito.
Lippi garantiu que, a partir das 8h desta quinta-feira (17), equipes de assistentes sociais irão percorrer os locais atingidos para fazer levantamentos de prejuízos, além de estimar os auxílios necessários que a prefeitura pode fornecer imediatamente. “Iremos fornecer colchões, materiais de limpeza e alimentos. Essas pessoas não têm nem como tomar o café da manhã. Eles estão impossibilitados de cozinhar em suas casas hoje. Vamos fornecer, inclusive, o café da manhã”, enfatizou Lippi.
A elevação das águas não ocorreu apenas no jardim Abaeté. Moradores do Maria do Carmo e do Santo André II também foram atingidos. No Maria do Carmo, quatro quadras ao final da avenida Dom Aguirre foram ocupadas pelas águas, que também alcançaram as casas. Já no Santo André II, trinta famílias foram retiradas do local quando a chuva estava intensa, mas às 2 horas da madrugada já estavam retornando às suas residências.
A marginal do Rio Sorocaba também precisou ser interditada. A água ocupou as áreas mais baixas que ficam sob as pontes e pontilhões. “Faltaram 10 cm para que ocupasse a Praça Lions, explica Montgomery, o secretário da Segurança Comunitária (Sesco). “Nos últimos quinze ou vinte anos o rio nunca esteve tão alto, complementou o prefeito Vitor Lippi.
A avenida Dom Aguirre ficou interditada, das 21h15 à 01h08, entre a Rua Juvenal de Campos e a Praça Lions. Embora a via estivesse aberta neste trecho a partir de 01h08, continuava fechada, da altura do Parque das Águas, que foi totalmente tomado pela chuva. O mesmo ocorria na avenida 15 de agosto que foi interditada e permanecia fechada.
A partir das 8h de hoje, além de assistentes sociais da Secretaria da Cidadania (Secid), equipes da Secretaria da Saúde (SES) percorrerão os locais alagados para distribuir cloro e informar sobre os cuidados com as doenças transmitidas durante inundações, como a leptospirose.